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terça-feira, 26 de outubro de 2010

Mary Design-acessórios divinos....





Com produtos artesanais, de altíssima qualidade, a MaryDesign carrega uma forte característica criativa – que muito se aplica em mulheres divertidas, que gostam de brincar com a moda. Mas não só pra elas, as peças são também para quem acredita naquela história de roupa com história e roupa como memória. Dá pra não se interessar?!
De acordo com as palavras da própria Mary, a marca é para aquela mulher que busca um produto diferenciado – bijus exclusivas e com história; as peças carregam cultura, indo além da forma em si. MaryDesign?! Bijus para o corpo e para a alma.
Já a coleção atual foi inspirada na tropicália, tendo como resultado produtos coloridos, pop, como uma bandeira à alegria… A cultura hippie foi lembrada, a pena do pavão veio metalizada. Brincos, tramados com molas multicores, ganharam contornos de seda e formas novas, psicodélicas.A massa Fimo, tão explorada em feiras populares, ganha contornos metálicos em formas diferenciadas. Cordões de uso cotidiano brincam alegremente de formas circulares em combinações de cores não usuais; colchas de retalho são referência para composição de flores e a flora do cerrado serve de inspiração para a série. Sementes ganham coloridos novos e se dependuram em fibras naturais como suporte; a jabuticabeira é referência na construção de colares onde o verde da fruta se mescla a algumas amadurecendo, nos lembrando que a natureza é sempre nosso maior espelho.
“O melhor da moda é ter a liberdade de seguir o coração. Com o estreitamento das fronteiras, o que é bom e belo tem espaço em qualquer lugar do mundo e isso independe da palavra ‘tendência’. Palavras da Mary… preciso dizer mais?!
Mary Figueiredo Arantes é uma das mais importantes designers de bijuterias do país. Mas não desista de ler esta coluna achando que o que se segue é mais um texto de moda, listando as inspirações da mineira para criar suas coleções. Isso até vai estar escrito mais lá à frente, mas para contar a história de um personagem muito interessante.
Um case de uma empreendedora. A trajetória de uma mulher que, como ela gosta de explicar, “transformou a necessidade em criatividade”.
Quem trabalha com moda ou consome com atenção bijus nacionais conhece a marca Mary Design, há mais de 30 anos no mercado e uma das mais incensadas do país.
Mary lança duas coleções ao ano e vende em mais de 800 pontos espalhados não apenas pelo Brasil, mas na Inglaterra, no Japão, no Canadá, nos Estados Unidos, na Argentina, na Grécia e na França.
Quando a reciclagem de materiais nem era tendência na moda nacional, por gosto, ela misturava os tecidos nobres a pingentes baratinhos em seus colares. E agradava.
A mineira, casada, mãe de dois filhos, vinda de uma família de oito irmãos, surpreende o interlocutor no relato de uma emocionante trajetória. Dona de uma fala mansa, agradável,comose espera de todo mineiro legítimo, Mary não deixa dúvida do poder tansformador de sensibilidade e talento, acrescidos a uma pitada de persistência. A fórmula leva algumas pessoas a se reinventarem.
Nascida em uma das regiões mais pobres do Brasil, o Vale do Jequitinhonha, cresceu numa cidade tão carente de tudo que geladeira só havia uma entre os moradores, e luz elétrica estava disponível apenas durante algumas horas do dia.
– Nem padre tinha lá. Minha mãe fazia com que a gente ficasse ouvindo a missa inteirinha no rádio
– conta, no salão do seu showroom, num dos bairros nobres de Belo Horizonte.
Filha de um alfaiate e de uma professora, a designer foi a última a deixar o interior pobre e se mudar para a cidade grande, Belo Horizonte, para estudar.

– Era uma bobinha do interior. Sabia que precisava ser alguém. Quando me lembro, não tinha noção do que me motivava. Era como se existisse um único caminho para sobreviver, como se tivessem colocado um trilho na minha frente e eu tivesse que percorrê-lo. Nesta época, comecei a fazer as minhas roupas. Ela não lembra bem como aprendeu a costurar, cortar, bordar. Brinca que “costura de ouvido”, ou seja, quando pegou o tecido, apenas sabia o que tinha que ser feito. Neste jeito caseiro de se vestir, Mary não imaginava que estava construindo um estilo, o seu estilo. Via os produtos nas vitrinas, mas não encontrava o que gostava. Comprava, adaptava, mexia, trocava acabamentos. Aos poucos, as amigas queriam copiá-la e passaram a fazer encomendas. Era época de mais surpresas para a moça do interior. Mesmo com a aptidão de misturar objetos para criar colares e pulseiras, decidiu estudar Odontologia. – Queria fazer próteses. Fez tantas e oferecia tantas para quem não podia pagar que criou um consultório em que o trabalho voluntário era o que mais lhe dava prazer. Como não havia abandonado a moda, sofreu pressão do marido para escolher entre a carreira de dentista e a de designer. O final da história já se sabe. A Mary Design é uma marca forte, referência do polo de criatividade mineiro.

No Exterior, os acessórios artesanais são extremamente valorizados. – Não me interessa fazer bijus, mas, sim, em como fazer bijus. Este é mais um pouco do estilo Mary Design. O trabalho desenvolvido na fábrica por 60 funcionárias ganha ajuda de um pool de artesãos, formado por jovens carentes e em situação de risco que vivem em instituições ou presidiários cumprindo pena.
A carreira bem-sucedida nos negócios e o reconhecimento que sua marca recebe no país e no Exterior – suas peças estampam sofisticados editoriais de moda de disputadas revistas – Mary credita à infância de dificuldade. Se não havia boneca, inventava. Se não havia televisão, imaginava o que ouvia no rádio. Talvez o que resuma Mary seja mesmo o universo fantástico que embalou seu próprio enredo: – Minha maior riqueza foi ter sido pobre sem nunca ter percebido.

A pesquisa para criar
Tudo junto misturado, sem preconceitos. As criações de Mary Arantes partem desta liberdade. Um colar de tecido ganha flores de plástico e aplicações em cristal. O anel pode ser de madeira, e as pulseiras, de cordas trançadas manualmente. – Misturo materiais que podem parecer desprezíveis, mas que para mim têm um valor incondicional.
Se, no fazer das peças, Mary coloca seu estilo próprio, investindo no trabalho manual, na processo de criação não é diferente. Para a coleção passada,inspirada na gastronomia, a designer pesquisou a fundo. Participou de cursos de culinária, debruçou-se sobre literatura especializada buscando o encontro da comida com a morte, com o sexo, com as artes. Promoveu até oficinas sensoriais com cegos para criar Para Comer com os Olhos.
A coleção que a designer apresentou durante o Minas Trend Preview, peças que estarão no mercado durante o verão, é também resultado de uma pesquisa cuidadosa. Gabinete de Curiosidades é otítulo, fazendo referência ao lugar onde se colecionava e expunha os objetos pouco comuns, ou que não se encaixavam em nenhuma catalogação, e que eram encontrados pelos exploradores do século 14. Estes Gabinetes, também conhecidos como Quartos de Maravilhas, são parte da origem dos museus dehistória natural e galerias de arte. Para criar as peças, recorreu as suas próprias coleções de objetos e memórias afetivas. O pingente de barquinho é um exemplo. Na época do namoro com o atual marido, ele costumava presenteá-la com barquinhos de papel. A designer transformou o papel em metal. – Minha coleção é a forma de me relacionar com as pessoas.

domingo, 17 de outubro de 2010

QUERO UM CORTE ASSIM........

Decidi...quero cortar meu cabelão...estou pensando neste a "La Brunet"






Comer, rezar, amar,,,,


Fui assistir ao filme Comer,Rezar,Amar...eu esperava mais...mas valeu pelo Javier Barden....sabe aquele tipo de homem com olhar malicioso, de tarado....adooooro...rsrsrs

sábado, 16 de outubro de 2010

Adoro o simples e chic.....




A arquitetura me deu o conhecimento, a técnica mas a gente vai aperfeiçoando o estilo...gosto do aconchego simples com uma pitadinha de luxo...

Seu apartamento é feliz?


“Há uma regra de decoração que merece ser obedecida: para onde quer que se olhe, deve haver algo que nos faça feliz!”
Dia desses fui acompanhar uma amiga que estava procurando um apartamento para comprar. Ela selecionou cinco imóveis para visitar, todos ainda ocupados por seus donos, e pediu que eu fosse com ela dar uma olhada. Minha amiga, claro, estava interessada em avaliar o tamanho das peças, o estado de conservação do prédio, a orientação solar, a vizinhança. Já eu, que estava ali de graça, fiquei observando o jeito que as pessoas moram.
Li em algum lugar que há uma regra de decoração que merece ser obedecida: para onde quer que se olhe, deve haver algo que nos faça feliz. O referido é verdade e dou fé. Não existe um único objeto na minha casa que não me faça feliz, pelas mais variadas razões: ou porque esse objeto me lembra de uma viagem, ou porque foi um presente de uma pessoa bacana, ou porque está comigo desde muitos endereços atrás, ou porque me faz reviver o momento em que o comprei, ou simplesmente porque é algo divertido e descompromissado, sem qualquer função prática a não ser agradar aos olhos.
Essa regra não tem nada a ver com elitismo. Pessoas riquíssimas podem viver em palácios totalmente impessoais, aristocráticos e maçantes com suas torneiras de ouro, quadros soturnos que valem fortunas e enfeites arrematados em leilões. São locais classudos, sem dúvida, e que devem fazer seus monarcas felizes, mas eu não conseguiria morar num lugar em que eu não me sentisse à vontade para colocar os pés em cima da mesinha de centro.
A beleza de uma sala, de um quarto ou de uma cozinha não está no valor gasto para decorá-los, e sim na intenção do proprietário em dar a esses ambientes uma cara que traduza o espírito de quem ali vive. E é isso que me espantou nas várias visitas que fizemos: a total falta de espírito festivo daqueles moradores. Gente que se conforma em ter um sofá, duas poltronas, uma tevê e um arranjo medonho em cima da mesa, e não se fala mais nisso. Onde é que estão os objetos que os fazem felizes? Sei que a felicidade não exige isso, mas pra que ser tão franciscano? Um estímulo visual torna o ambiente mais vivo e aconchegante, e isso pode existir em cabanas no meio do mato e em casinhas de pescadores que, aliás, transpiram mais felicidade do que muito apê cinco estrelas. Mas grande parte das pessoas não está interessada em se informar e em investir na beleza das coisas simples. E quando tentam, erram feio, reproduzindo em suas casas aquele estilo showroom de megaloja que só vende móveis laqueados e forrados com produtos sintéticos, tudo metido a chique, o suprassumo da falta de gosto. Onde o toque da natureza? Madeira, plantas, flores, tecidos crus e, principalmente, onde o bom humor? Como ser feliz numa casa que se leva a sério?
Não me recrimine, estou apenas passando adiante o que li: pra onde quer que se olhe, é preciso alguma coisa que nos deixe feliz. Se você está na sua casa agora, consegue ter seu prazer despertado pelo que lhe cerca? Ou sua casa é um cativeiro com o conforto necessário e fim?
Minha amiga ainda não encontrou seu novo lar, mas segue procurando, só que agora está visitando, de preferência, imóveis já desabitados, vazios, onde ela possa avaliar não só o tamanho das peças, a orientação solar, o estado geral de conservação, mas também o potencial de alegria que os ex-moradores não souberam explorar.”
Texto retirado na íntegra da coluna da Martha Medeiros do jornal Zero Hora de domingo 24/01/2010.
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