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domingo, 30 de dezembro de 2012

Piadina- Pizza de Frigideira


A piadina (piada ou piadone) faz parte de uma família de pães feitos com cereais moídos misturados com água e cozidos sem fermento sobre formas de barro (também telhas), superfícies de pedra ou placas de metal. Os pães semelhantes à piadina são bastante abundantes nas áreas mediterrâneas (Sardenha, Tunísia, Israel, Líbano, Grécia, Turquia, etc.) sem muita distinção entre as culturas indo-européias, semitas ou da África negra. A maioria dos pães desta família surgiu em um período histórico anterior ao conhecimento dos processos de fermentação (o levedo de cerveja foi descoberto para levitação do pão no Egito entre 3000 e 2500 a.C.). Entretanto, isso não significa que a piadina seja de origem Neolítica.
O poeta Giovanni Pascoli, que escreveu o poema-receita "Pane rude di Roma", comparava a piadina à mensa romana, citada no canto VII da Eneida. A mensa é uma focaccia de cereais que era utilizada como prato pelos patrícios romanos e depois de impregnada com o sabor da carne e oferecida aos servos. A piadina por muitos é considerada como a herdeira legítima da mensa. Entretanto, não existe um registro histórico que comprove a relação entre a piadina e a mensa. O primeiro registro histórico de um alimento chamado"piada" data do século XIV. Encontra-se no Descriptio Romandiole, recenseamento feito com fins fiscais, em 1371, pelo cardeal Anglic Grimoard de Grisac, irmão do Papa Urbano V. Nos séculos que se seguiram, poucos foram os registros da piadina.
A piadina começou a destacar-se na mesa dos romangnolos no século XIX, junto com a expansão massiva da utilização do milho na Itália. Diversos censos desta época demonstram que a farinha de milho era o alimento principal na dieta dos agricultores italianos. Notadamente os romagnolos não possuem muita simpatia pela polenta e, sendo a farinha de milho de difícil panificação, passaram a fazer piadinas com esta farinha; como uma tortilla. Surgem também as piadinas com mesclas de farinha, de acordo com a colheita. Em algumas ocasiões festivas, principalmente no Carnaval, podia apresentar-se na forma "enriquecida", contendo banha de porco, açúcar e/ou ovos. E, em diferentes apresentações: folhada, doce ou frita. A piadina como é conhecida hoje surge no período pós-guerra. Extingue-se quase que completamente a versão com farinha de milho, tanto no campo quanto na cidade. Torna-se elemento da gastronomia romagnola, inclusive com IGP (indicazione geografica protetta). Vale lembrar que diversos produtos famosos (e deliciosos) são provenientes da Emilia-Romagna, como: Aceto Balsamico di Modena, Prosciutto di Parma, Grana Padano, Parmiggiano Regiano, entre outros. Isso sem falar das massas, afinal, a capital da Emilia-Romagna é nada menos do que Bologna. Será que lembra alguma coisa?


Ingredientes

500g de farinha de trigo
1 colher (chá) de bicarbonato de sódio
½ colher (chá) de sal
70g de banha ou azeite de oliva (mais ou menos 1/3 de xícara de chá)
Água morna (em média, a metade do volume da farinha)

Modo de fazer
Misture a farinha, o sal e o bicarbonato. Em uma superfície, coloque a mistura e abra um buraco no meio. Despeje a água morna e o azeite aos poucos e vá amassando com as mãos, até que onter uma massa homogênea. Sove até que fique lisa.

Divida a massa em cinco partes e enrole-as em formato de bola. Deixe descansar por 15 minutos. Com a ajuda de um rolo, abra as massas até que fiquem com cinco milímetros em média. O formato final deve ser redondo, como um pão árabe.

Coloque a piadina em uma frigideira anti-adererente ou em uma chapa previamente aquecida e deixe cozinhar até que alguns pontos escureçam. Vire a piadina e cozinhe do outro lado. Atenção: Durante o processo de cozimento, algumas bolhas podem se formar. Estoure-as com a ajuda de um garfo. A piadina ideal é bem macia por dentro, mas sem ser molenga.

















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