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segunda-feira, 3 de janeiro de 2011
Marcela Temer x Carla Bruni
Se há alguma semelhança indiscutível entre Carla Bruni, esposa do presidente da França e Marcela Temer, esposa do nosso vice-presidente, é o sobrenome de solteira delas, ambas Tedeschi (os nomes de solteira são: Carla Gilberta Bruni Tedeschi e Marcela Tedeschi Araújo).
Meu post falando bem sobre a vice-primeira-dama (essa palavra existe?) foi justamente para ir no sentido contrário da multidão que estava a crucificando no Twitter. Deve ser difícil estar na pele dela. Imagine o quanto ela, uma moça lá do interior, de origem modesta, teve que se esforçar para ser "aceita" pelos amigos de um marido 42 anos mais velho?
Da mesma forma que acredito que quem fala mal da Carla Bruni são os falsos moralistas que não são capazes de lidar com uma mulher de mente livre, acredito que Marcela também tenha que encarar os narizes torcidos de muita gente que a vê como uma alpinista social pois casou com um homem poderoso. E o que dizer do marido dela, que se casou com uma mulher muitíssimo mais jovem e bela? O casamento não foi de comum acordo e já não dura 7 anos? Eles não tiveram um filho? Não vejo porque o casamento deles teria menos validade do que o de outros casais. Afinal de contas nenhum de nós sabe de fato o que se passa na casa e no coração alheios, não é mesmo? Tenho certeza que ele é muito menos criticado do que ela. E que são as mulheres que mais a criticam.
Já Carla Bruni-Sarkozy, quando chegou ao "posto" de primeira-dama da França, já era mais madura e já tinha uma vida pública. Sua mãe é a concertista de piano Marisa Borini, que foi casada com o industrial e compositor clássico Alberto Bruni Tedeschi e seu pai biológico (o qual só conheceu após adulta) é o empresário italiano, radicado no Brasil desde os anos 1970, Maurizio Remmert. Ou seja, Carla já nasceu num ambiente de dinheiro e sofisticação.
Carla Bruni foi modelo muito bem sucedida na década de 80, ao lado de tops como Claudia Schiffer, Naomi Campbell, Christy Turlington e Kate Moss e no fim dos anos 1980, era uma das vinte modelos mais bem pagas do mundo, ganhando cerca de 7,5 milhões de dólares por temporada.
Em 1998 ela parou de modelar e passou a se dedicar a sua carreira de cantora, tendo gravado seu primeiro disco em 2002. No período que foi modelo e também depois, já como cantora, teve affairs com vários famosos como Mick Jagger, Eric Clapton, Donald Trump e Kevin Costner e em 2001 teve um filho com Raphaël Enthoven, um professor de filosofia 8 anos mais novo que ela (Carla tem 43 anos), filho de seu ex-namorado até então.
Carla, que sempre foi um espírito livre, sofre bastante com as críticas do povo francês sobre seu comportamento e principalmente seu passado e tem tentado se adaptar ao seu papel de primeira-dama, o que pode ser visto até no seu guarda-roupa, irrepreensível, mas obviamente caretinha para alguém que canta: "Tu es ma came, Plus mortelle que l'héroïne afghane, Plus dangereux que la blanche colombienne, Tu es ma solution, mon doux problème" ("Você é meu vício, Mais mortal que a heroína afegã, Mais perigoso que a cocaína colombiana, Você é a minha solução, o meu doce problema").
Ela sempre usa as mesmas cores: cinza, roxo, fúcsia, um pouco de bordô, marinho e claro, preto e branco. Está sempre de saltos discretos para não ficar muito mais alta que o marido, quase sempre de cabelos soltos e naturais e maquiagem discreta.
Ela obviamente conta com sua experiência como modelo, alguma ajuda profissional para se arrumar, além de todas as marcas nacionais (ou seja, maisons francesas como Dior) à disposição. Por isto aparece sempre perfeita em suas aparições públicas.
Dito tudo isto, não, a comparação de Marcela Temer e Carla Bruni não pode ser levada ao pé da letra. Mas que Marcela tem potencial, isto tem, não só pela beleza e juventude, mas por um je ne sais quoi (algo como "eu não sei o quê", em francês), uma elegância que parece muito natural.
Perguntaram a Michel Temer sobre a comparação com a primeira-dama francesa, o que ele respondeu rindo: "Ela é discretíssima, é minha mulher e mãe do meu filho". Mas que o vice-presidente deve estar orgulhoso da sua mulher, isto deve.
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