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quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

“Chique-simples” ou “Shabby-chic”












Shabby em inglês significa gasto, surrado. Mas a nova tendência de decoração que está fazendo a cabeça dos mais antenados não tem nada de pobre.
Na esteira da moda “chique-simples” surgiu o estilo “Shabby-chic” – se é que podemos chamá-lo de um verdadeiro estilo em decoração, e não apenas mais um modismo.
O Shabby Chic, como é chamada essa nova mania na decoração, une simplicidade e conforto com materiais e objetos rústicos. A novidade surgiu nos Estados Unidos, como uma alusão ao modo americano country de ser. Algumas características são as paredes descascadas, objetos envelhecidos ou antigos, capas nos estofados e cadeiras, além da famosa pátina nos móveis.
Caracterizado por paredes descascadas, pisos envelhecidos, capas com tecidos coordenados sobre praticamente todos os estofados e cadeiras, e muita pátina no restante do mobiliário, o shabby não admite objetos quebrados, mas sim envelhecidos. Nada de móveis baratos, mas sim antigos, com desenho ou características que os distinga de outros da mesma espécie. Um outro ponto marcante: o uso do esquema de cores monocromático, com muito branco e cores pastéis.
O resultado é um ambiente despojado, espontâneo, descuidado e sem grandes refinamentos ou sofisticação. Trata-se de uma casa agradável aos olhos e aos outros sentidos, mas sem afetação. Uma das conseqüências do estilo nos dias de hoje foi à adoção do estuque veneziano em alguns ambientes. Este tipo de textura (que alguns classificam como pintura especial), transforma a parede em uma superfície manchada, com mais de uma cor e várias irregularidades. O contraste deste tratamento com móveis novíssimos e, normalmente, com vidro, também é uma opção para quem não quer ser radical. Outro toque que pode ser utilizado em sua casa é a adoção de uma cadeira com design assinado – a Brno ou a Barcelona, de Mies Van der Rohe, ou a poltrona LC1, de Le Corbusier, por exemplo – totalmente sem revestimento, e de preferência, com estofamento à mostra. O impacto da cadeira mal cuidada a transforma em verdadeira peça de arte. Um exterior gostoso – com grama tratada para que se preserve o conforto, mesa recoberta por tecidos naturais – o mais comum é o algodão – e cadeiras de ferro com a pintura bastante desgastada pela ferrugem.
No quarto infantil – piso com ladrilho hidráulico, cortina curta, cômoda patinada em azul muito claro – mesmo tom do piso – além de uma mesa de cabeceira com pátina branca sobre base rosa bebê. A dica é usar a cor nas almofadas e colocadas sobre as cadeiras, com tecido listado simples, também de algodão. Paredes em rosa claríssimo (off-white).
Um banheiro super shabby – Aquela velha banheira encontrada em casas de demolição pode receber uma simples limpeza como tratamento de recuperação. A dica de composição é usar armário com espelho tipo anos 50 e para o revestimento utilizar somente até meia-parede – com azulejos verde água – e no piso, pastilhas cerâmicas brancas, sextavadas. Todas as peças são facilmente encontradas em lojas de demolição ou no chamado Museu dos Azulejos.
Detalhe na cozinha – prateleiras muito simples em madeira, com pia anos 50 em louça branca e armário acompanhando, na mesma cor. O toque fica por conta dos utensílios em verde, contrastando com o restante, todo branco. Paredes em lambris brancos.
O charme do shabby são as capas feitas de tecidos naturais, com apenas uma cor-base e geralmente, de motivos geométricos. São também irregulares e presas por nozinhos.
Os objetos são antigos ou muito simples, como uma bacia de louça branca, uma garrafa de vidro que poderá servir de jarra para flores ou aquelas rosas retiradas, ali mesmo no seu jardim, peças de ágata podem compor o ambiente. No teto mantenha o desenho antigo em gesso e os belos lustres de época.
Não se esqueça que as paredes e as portas devem ser manchadas e descascadas e não recebem massa para pintura, mas uma tinta-base – o verde-azulado – e o branco é a cor que geralmente se encontra quando são descascadas após aplicação, deixe os tijolos à mostra. Os móveis geralmente são brancos e descascados, todos os objetos devem ser antigos e as janelas devem seguir a mesma cor em tons pasteis em todo o ambiente. Tapetes de tear no piso dão um toque final. O shabby é, sem dúvida, uma opção para quem quer dar um trato na casa, com pouco dinheiro. Mas cuidado com mal –entendidos – o shabby não admite nada sujo ou mal cuidado. Apenas e tão somente conforto com simplicidade. Shabby não é uma técnica cara. “É tudo que se quer hoje em dia, principalmente no Brasil. O estilo de vida americano semi -country está sendo cada vez mais adotado e permite ousadias e contrastes com o vidro e muito verde”. Nas cores predominam a harmonia monocromática, com tons pastéis e muito branco. Almofadas e acessórios menores também dão o tom. Além disso, os tecidos naturais aparecem em todos os ambientes forrando cadeiras e sofás. Tecidos listrados ou florais são outro destaque deste estilo. Os móveis antigos são fundamentais, mas nada parecendo velho ou sujo.
Tudo deve estar em ordem e com acabamentos perfeitos. “Pátinas são muito bem aceitas no mobiliário de forma geral. Já os objetos de ferro entram com a pintura desgastada, até com um pouco da ferrugem à mostra”. As paredes devem ser são revestidas à meia altura com lambris ou azulejos. Os pisos recebem ladrilhos hidráulicos, cimento liso ou tábuas envelhecidas.
Tapetes rústicos caem como luva. Cortinas curtas e de certa transparência enaltecem as janelas, geralmente, com molduras pintadas e desgastadas. Ornamentos e louças simples e com valor histórico dão o toque final. Com o Shabby o resultado é um ambiente despojado, espontâneo, descuidado com charme e sem grandes refinamentos ou sofisticação. Trata-se de uma casa agradável aos olhos e aos outros sentidos. Para o morador é um grande prazer, pois tudo é confortável. O conforto é o ponto principal do ambiente Shabby que aliado à simplicidade, ao bom gosto e ao baixo custo, fazem essa tendência satisfazer a todos os sentidos humanos. “É esta a verdadeira essência da decoração”.

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